Você não encontrará Manual na Psicanálise!
É bem importante termos esta clareza, pois são vários os alunos que, principalmente no início da Formação em Psicanálise, procuram por “manuais”, “direcionamentos”, e o “passo a passo” do “como fazer”.
Psicanálise não oferece nada disso.
Num primeiro momento é necessário que todo aquele que tem o desejo de ser psicanalista viva o processo de análise- livremente. Entrega total. É preciso estar aberto ao autoconhecimento e estar disponível a acolher os traumas e conflitos (sim, todos nós temos- e carregamos uma série de conteúdos que carecem de serem revelados).
Ao vivermos a análise, começamos a entender melhor o quanto é profundo este percurso.
E serão estas experiências pessoais, que se refletirão posteriormente no trabalho enquanto psicanalista.
Na Clínica, cada analisando é um. Cada indivíduo vivencia de forma muito particular a sua análise. Alguns com mais resistências, outros com fluidez… Outros, ainda, nem chegam a “entrar” em análise (tamanhas são as defesas).
Psicanálise é experiência individual e intransferível. Não sabemos como será o processo do outro (nem o nosso). Não existe controle. O papel do psicanalista é de presença, é de escuta e de provocação.
Já comentamos no texto anterior sobre as regras do atendimento. Podemos considerá-las como as únicas “regras” que você ouvirá na psicanálise. Todo o restante é uma incógnita, e que só se apresentará a partir da relação entre psicanalista e analisando.
O que se faz na primeira sessão? E na segunda? E na terceira?
Lamento informar… Psicanálise não se embasa em manuais ou protocolos. Ela se constrói na relação presente, na medida em que se instaura a transferência, e no tempo em que for necessário para que o conteúdo inconsciente comece a se apresentar.
Fabricio Tavares- Psicanalista
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