Quando poderei atender?
Hoje falaremos sobre uma das dúvidas mais comuns daqueles que iniciam o processo psicanalítico: quando poderei atender?
Esta pergunta não possui uma resposta exata. Longe disto. Dependerá do processo de análise pessoal de cada um.
Diferente de outras abordagens, a psicanálise não consiste num arsenal de técnicas que aprendemos e após, aplicamos- com o intuito de trabalhar a dor/e traumas do outro.
Antes de tudo, psicanálise envolve vivência. É preciso que aquele que tem o desejo de algum dia ocupar o lugar do psicanalista, que antes possa estar no daquele que é analisado.
É preciso análise – muita análise pessoal.
É através da análise que se vive o processo de descoberta – de si mesmo e dos próprios conteúdos. É quando se olha para si e com coragem, acolhe tudo aquilo que por anos foi evitado, negado e reprimido. É aquele processo árduo, doloroso – porém, necessário.
Em meio ao processo – que é longo e difere de indivíduo para indivíduo – que vai-se vivendo a experiência que será a base para a futura prática psicanalítica.
Só vamos com o outro até onde formos com nós mesmos.
Desta forma, quanto mais análise pessoal e autoconhecimento, mais se estará em condições de suportar o mesmo processo com o outro. Desta vivência de análise significam-se os processos vivenciados com a abordagem teórica – tão fundamental e necessária. E deste percurso vai nascendo o psicanalista.
No seu tempo… sem pressa…
“Quando poderei atender?” Quando este processo estiver sendo vivido de forma aprofundada. Quando se compreende cada conceito e cada relação a partir da própria experiência.
O profissional saberá quando for o momento.
Saberá como? Com a própria análise.
Fabricio Tavares- Psicanalista
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