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Controle

Na medida em que nos conhecemos, percebemos que na tentativa de nos proteger dos traumas e conflitos, acabamos intensificando-os.

Como assim?

Tudo o que desejamos é evitar nossas dores. Procuramos de todas as formas nos afastar daquilo que nos “inquieta”. Passamos a vida tentando impedir que pessoas, situações e lugares, despertem estes conteúdo.

Criamos uma atmosfera de “segurança e controle” para definir a vida como “boa”.

E é justamente dessa forma que criamos um mundo assustador.

Isto mesmo. O que aparentemente é seguro, na verdade é cada vez mais ameaçador.

Inevitavelmente haverão acontecimentos e mudanças na vida que vão colocar essa tentativa de controle à prova.

Ao tentar organizar pessoas, lugares e situações de forma que não nos perturbem, intensificamos o sofrimento. A tensão gerada pelo desejo do “bom” e evitar o real, inevitavelmente nos trará ainda mais dor.

Na tentativa de controlar tudo, para não olhar para a dor, viveremos a competição, o vazio e o medo.

Sentiremos que a qualquer momento, algo ou alguém pode despertar aquilo que evitamos. Basta que digam ou façam alguma coisa que, no momento seguinte, percebemos a inquietação dentro de nós mesmos.

A vida se transforma numa ameaça e numa fuga. Uma fuga de nós mesmos.

Tentamos descobrir como impedir que as coisas aconteçam, uma vez que, se acontecerem, revelarão mais sobre nós. Buscamos o “ópio” e o alívio.

Chega o momento em que teremos de fazer uma escolha: seguir carregando este fardo, tentando controlar tudo e todos e buscar situações que – momentaneamente- tragam certo conforto; ou olhar para nós mesmos, acolher e viver este processo de autoconhecimento.

Podemos passar pela vida sofrendo ou olhar para as dores e nos libertarmos delas.

Psicanálise proporciona este processo. Um percurso que nos aproximará daquilo que sempre negamos.

Será dolorido, será árduo e será profundo.

Porém, necessário para o novo.

Fabricio Tavares- Psicanalista
(41) 999201774
instagram e facebook: @fabriciotavarespsicanalista

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